Corpo sem Cabeça
Por Carlos Augusto Rodrigues
de Souza*
“A minha lâmpada preferida é esta...”, indicando uma lâmpada de barro achatada. “É uma lâmpada milenar que se amarra aos pés, e à medida que damos um passo, ela ilumina o próximo passo, e assim vamos caminhando, passo a passo, de luz em luz.” Viver é andarmos passo a passo com a luz que temos naquele momento. Mas, na ansiedade nossas pernas travam.
Na ansiedade, o que
desejamos e procuramos é a luz do farolete, a que ilumina lá longe cada detalhe
do caminho. Na ansiedade, a luz do passo seguinte está turvada. Por quê? Faltam olhos para ver e cabeça para decidir. A
cabeça está a quilômetros de distância do corpo, pensando mil possibilidades de
controlar o futuro. Então, falta luz.
Lucidez para fazer escolhas,
quem não quer? Lucidez vem de luz. Quando o caminho está iluminado é possível
caminhar, se precaver dos escorregões e das quedas, e ir à direção do foco.
Fui visitar um amigo. No
hall de entrada de sua casa havia uma estante com várias lâmpadas. Vendo o meu
interesse, disse: “Estas são lâmpadas de vários lugares do mundo”.
“A minha lâmpada preferida é esta...”, indicando uma lâmpada de barro achatada. “É uma lâmpada milenar que se amarra aos pés, e à medida que damos um passo, ela ilumina o próximo passo, e assim vamos caminhando, passo a passo, de luz em luz.” Viver é andarmos passo a passo com a luz que temos naquele momento. Mas, na ansiedade nossas pernas travam.

Trazer a cabeça de volta para
o corpo, recuperar os olhos, para ter a capacidade para ver a luz do próximo
passo, e caminhar. Ou seja, destravar as pernas. Este é desafio de uma
caminhada psicoterápica.
*Carlos
Augusto Rodrigues de Souza
Psicólogo/Psicoterapeuta - CRP 06/44430-0
Mestre em Psicologia Clínica – PUC-SP
Fone: (19) 3241-3281 e 99144-4065
Psicólogo/Psicoterapeuta - CRP 06/44430-0
Mestre em Psicologia Clínica – PUC-SP
Fone: (19) 3241-3281 e 99144-4065